Siga no kwai Adeilson Guia LOcal de Penedo RJ

quarta-feira, 28 de agosto de 2019

Porque as pessoas filmam acidentes ou tragédias ao invés de ajudar?

Não podemos deixar de falar sobre o alcance absurdo que a fofoca tem nas redes sociais


Você publica algo interessante, com informações relevantes, fotos lindas, textos com o português impecável e poucas pessoas valorizam isso. Agora vai você, fazer uma reclamação, um desabafo , falar que está triste, doente, de luto, que TODO MUNDO vai lá fuxicar e tentar descobrir o que está se passando com você. O pior não é isso, é que muitas pessoas vão de comentário em comentário descobrir porque a pessoa morreu, a causa da morte e se ela não consegue, ela dá um jeito de perguntar.



Uma outra situação que acontece muito é a importância que dão para a fofoca, porque todo adora perder tempo falando da vida do outro?
Ocorreu um acidente, você ajuda ou filma? Ahhhh tem mais uma pergunta, você faz os dois?
Você passa por um acidente e uma pessoa encontra-se gravemente ferida, atropelada por um carro. Muitos curiosos já estão em torno da vítima e muitas pessoas já estão disparando flashes e filmando cada detalhe para enviar nos grupos de WhatsApp, e antes mesmo que a família receba o telefonema da polícia ou do Corpo de Bombeiros, ela já pode se deparar com fotos chocantes de seu parente ou amigo.
Olha, eu sou jornalista e claro que quando vejo um acidente quero apurar, é minha profissão, mas eu penso antes de publicar, procuro saber se a família já foi comunicada, até porque eu tenho pais idosos, filho, irmãos, todos eles tem acesso as redes sociais e imaginem o choque em me ver envolvida num acidente pela internet. Pensem antes de saírem disparando qualquer coisa por aí.
Mas por que as pessoas se interessam tanto em ver outras machucadas ou mortas? Por que as notícias ruins de acidentes trágicos ou assassinatos chamam tanto a atenção.
Um psicólogo contou que existem diversas possibilidades para tal comportamento e porque elas se interessam por acidentes, assassinatos e de verem pessoas mortas.
Ele cita que o ser humano é curioso por natureza. Vemos uma multidão na rua e logo vem o desejo de saber o que ocorreu. É uma função mental de querer saber o que aconteceu, como aconteceu, quem foi o culpado, diz o psicólogo.
A proteção é outro fator, pois a divulgação de uma notícia, principalmente de perigo, tal como um acidente ou assassinato, cumpre a função social de tentar evitar que aquilo aconteça no futuro com outras pessoas. Então amigos, vamos ter mais carinho e cuidado com esse assunto.


Fofoca
Agora quando o aspecto é fofoca meu amorrrrrr, todo mundo fica doido!
Que mania feia é essa de fazer fofoca, desse povo gostar de falar mal, de inventar mentiras, de caluniar, de ofender ou denegrir. Podem existir vários motivos, principalmente rivalidade, mas para mim o pior da fofoca é quando ela vem de uma pessoa que se diz amiga, que te trata bem na frente, mas não perde uma fofoquinha. Ela vê sua foto, printa e já sai espalhando por aí, rindo, debochando, mas no fundo ela não imagina que uma hora ou outra você vai descobrir, aí vira um rolo sem volta.
Muitas pessoas amam fazer uma fofoca, levar isso adiante, mas as notícias boas, relevantes, descobertas científicas importantes, algum remédio para curar uma doença grave, isso elas não estão nem aí.
Uma pessoa equilibrada emocionalmente não possui necessidade de falar mal de outras pessoas. Mas se alguém se sente incomodado por outro, coagido, ou se sentindo por baixo, ele pode ter a sensação de se sentir melhor falando mal de uma outra pessoa ou denegrindo sua imagem. É aquela ideia que é preciso rebaixar o outro para se sair melhor, para se sobressair.
Para finalizar eu gostaria de replicar uma frase: “Tudo é duplo, tudo tem dois polos, tudo tem o seu oposto. O igual e o desigual são a mesma coisa. Os extremos se tocam. Todas as verdades são meias-verdades. Todos os paradoxos podem ser reconciliados”.
A verdade é dura, mas é que o sucesso alheio não nos interessa, mas a desgraça alheia sim.
Viva mais, fale menos e seja feliz na vida real e não nas redes sociais. Compartilhem o bem!