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domingo, 15 de julho de 2012

Medo e insegurança

Pesquisa revela que brasileiro anda assustado e pouco confiante em quem pode defendê-lo


Os brasileiros sentem medo e não veem com bons olhos as instituições responsáveis por garantir a ordem no País. Foi o que, mais uma vez, constatou a pesquisa do Sistema de Indicadores de Percepção Social (Sips) sobre a área de segurança, divulgada no dia 5 deste mês pelo Instituto de Pesquisa Econômica (Ipea) após entrevistas em todo o Brasil.


87% dos entrevistado disseram ter medo de assalto à mão armada

Nas quatro situações de insegurança apresentadas, sempre mais de 80% se disseram com muito medo ou pelo menos com um pouco de medo. Para assalto à mão armada (87%), assassinato (85%), arrombamento de residência (86%) e agressão (81%).

Norte e Nordeste vivem sensação de insegurança maior do que Sul e Sudeste: todos os índices de "nenhum medo" estão abaixo dos 10%, contra alguns de até 30% nas outras regiões. As mulheres são, nitidamente, mais medrosas do que os homens. No total, 92% delas têm algum medo, contra 82% deles. A disparidade aumenta no quesito "muito medo": 72% contra 50%.


A principal explicação talvez esteja na opinião das pessoas sobre as polícias brasileiras. O percentual dos que confiam pouco ou nem confiam na Militar e na Civil passa dos 60%. Só Federal e Rodoviária têm melhor respaldo, beirando os 50% para quem confia ou confia muito.

Mais uma vez Norte e Nordeste indicam como o cenário é diferente nas duas pontas do Brasil. O Norte, por exemplo, soma 31% que confiam ou confiam muito nas polícias, diante de 40% do Sul, único a atingir esse patamar. Os jovens são os mais desconfiados, com 26% entre 18 e 24 anos dando a mínima para os fardados. À medida que aumenta a faixa etária, sobe também a confiança. Os idosos, com mais de 64 anos, são os que mais confiam nas polícias (54%).

A ideia que a população tem dos policiais é, provavelmente, resultados dos serviços prestados. Cerca de 53% dos brasileiros acham os policiais lentos ou ineficientes no atendimento a emergências. E mais de 52% não se sentem respeitados como cidadãos.

Sem falar que o mesmo tratamento não é oferecido a todos. Os brancos elogiam muito mais: 41% concordam ou concordam plenamente com a afirmação de que a Polícia Militar atende às chamadas com rapidez e eficiência, contra 35% dos que não são considerados brancos. Esse grupo reclama , inclusive, de abordagens desrespeitosas (54%).

FONTE: Folha Universall