Siga no kwai Adeilson Guia LOcal de Penedo RJ

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Mentira tem pernas curtas

ELE É MENTIROSO.

Soró na coletiva: Cancelamento de contrato da Câmara com banco não aconteceu

Soró mentiu para população de Volta Redonda.
Presidente da Câmara de V.Redonda disse em entrevista coletiva que documento tinha sido cancelado



O presidente da Câmara de Volta Redonda Luiz Soró (DEM) não disse a verdade para a população de Volta Redonda na entrevista coletiva que concedeu, no início do mês passado, quando afirmou que o contrato firmado com a Caixa Econômica Federal para a venda da movimentação financeira da Casa tinha sido cancelado. Desde a semana passada, funcionários da Caixa Econômica estão na Câmara colhendo dados dos funcionários para a abertura de contas.
O cancelamento do contrato foi anunciado por Soró depois do descontentamento que gerou nos demais vereadores, que reclamaram não ter sido consultados. Além disso, eles estranharam a assinatura 12 dias depois de a ONG Acesa, fundada por Soró no bairro Açude, ter sido beneficiada com a liberação de uma verba pelo mesmo banco. Verba que o próprio Soró divulgou inicialmente que seria de R$ 250 mil, mas que depois, na mesma coletiva, ele afirmou que, na verdade, foi de R$ 170 mil.
Na quinta-feira (8), com base no que foi publicado pelos jornais no mês passado, a vereadora América Tereza (PMDB) apresentou um requerimento à Mesa Diretora pedindo cópias do contrato e do distrato (cancelamento) com a Caixa Econômica Federal. Para ela, se o presidente da Câmara foi a público, através da imprensa, dizer que o compromisso havia sido cancelado, é muito grave que isso não tenha ocorrido. "A gente leu em todos os jornais. O que ele vai falar agora? Que fez um outro contrato?", ironizou a vereadora. Em um segundo requerimento, a peemedebista solicita que ela e os funcionários de seu gabinete tenham suas contas mantidas na mesma agência onde estão.
Soró, até o fechamento desta edição, estava em Belo Horizonte, segundo sua assessoria, e não respondeu ao pedido de retorno da ligação do FOCO REGIONAL para se pronunciar a respeito do fato de não ter vindo também a público dizer por que o contrato foi mantido. Segundo outros vereadores, que, ao contrário de antes, agora demonstram estar mais compreensivos com o presidente, ele alegou que, caso o compromisso não fosse cumprido, a Câmara seria obrigada a pagar multa. "O valor é de R$ 100 mil", disse Tigrão do PMDB, ao confirmar que mandou seu pessoal abrir a conta na Caixa. O primeiro-secretário Toninho Oreste (PMDB), que recebeu de Soró uma cópia do documento firmado com o banco, mostrou ao F R que o valor, no entanto, é de R$ 50 mil – 20% dos R$ 250 mil que o banco vai repassar à Câmara.
No dia em que concedeu a entrevista coletiva a todos os jornais da cidade, Soró, acredite, disse que desconhecia se havia multa rescisória, no que provavelmente seria caso único de alguém no cargo que ele ocupa que teria assinado um contrato sem ler. "A Caixa vai ter que nos informar", alegou. Naquela mesma ocasião, a Caixa Econômica Federal, procurada pelo F R, informou que não tinha recebido nenhuma comunicação da Câmara em relação ao contrato e não respondeu se havia ou não multa rescisória.
Em seu segundo mandato e, pela primeira vez, na presidência da Câmara, Soró tem aparecido mais pelas contradições do que por seu papel político. Foi acusado pelos colegas de não ter cumprido acordos que lhe garantiram, por sinal, a presidência em 2010. Negou uma crise e logo depois América Tereza e Neuza Jordão (PV) renunciaram a seus cargos na Mesa Diretora, por discordarem da sua forma de conduzir a Casa. Apareceu em matérias e fotos de jornais como presidente da ONG que fundou e, diante da reação dos colegas em relação à Caixa, disse que não mais preside mais a entidade. A última (?!) foi ter anunciado o cancelamento do contrato com o banco, sem jamais tê-lo feito. Pelo visto, com Soró na presidência, ninguém morre de tédio na Câmara de Volta Redonda.