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quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Cabos eleitorais de Zoinho pagam mico após denuncia mal apuradas por eles.


Placas para desfile cívico são confundidas com 

propaganda política e viram caso de polícia 



A suspeita partidários da campanha do candidato Zoinho (PR) à prefeitura de Volta Redonda de que uma escola municipal estivesse servindo de lugar para guardar material de campanha do prefeito Antônio Francisco Neto (PMDB), candidato à reeleição, terminou na delegacia de polícia. A chefe de Patrimônio da Secretaria Municipal de Educação, Heliciani Vilar Marconi, decidiu registrar queixa contra Ataíde César Cândido Toledo, de 58 anos que teria invadido a Escola Municipal Getúlio Vargas, no bairro Pinto da Serra, para tentar documentar com fotos o que acreditava ser um crime eleitoral do prefeito.
Segundo ela, Ataíde suspeitou que placas que estavam sendo armazenadas na escola fossem de propaganda política do prefeito Neto, quando na verdade estampam o nome de escolas municipais que vão participar do desfile cívico no próximo 7 de setembro, Dia da Independência. A suspeita ocorreu porque o caminhão que chegou com as placas estava adesivado com propaganda eleitoral do candidato Gordo da Feira, que concorre a vereador pelo PSB, partido que está aliado ao PV contra o prefeito na eleição deste ano.

A confusão ocorreu já no fim da tarde e mobilizou as polícias Federal e Militar. A primeira constatou que não houve sequer indícios de crime eleitoral por parte do governo e informou que vai notificar a Justiça Eleitoral, podendo o candidato a vereador sofrer algum tipo de punição, como multa. Já a PM foi chamada pela Guarda Municipal, acionada pela chefe de Patrimônio.
De acordo com Heliciani, ela estava num carro da Secretaria de Educação, acompanhada do motorista, e pouco depois que o caminhão chegou um Fusion passou, deu a volta e retornou. Uma jovem que acompanhava a motorista passou para o banco de trás, passando a fotografar, com um celular, o caminhão com as placas na carroceria.
- Pouco depois este senhor (Ataíde) chegou com uma máquina fotografando o carro da prefeitura e entrando na escola sem autorização. Ele não se identificou e nem quis dialogar. Quando viu que as placas não eram de propaganda política, passou a fotografar a escola. Ele me desrespeitou e logo depois voltou com mais quatro homens. Liguei para a secretaria, comuniquei o que estava ocorrendo e decidi fechar o portão – relatou a servidora. Segundo ela, por isso Ataíde e os demais alegaram que estavam sendo mantidos em cárcere privado.



A diretora abriu a escola com a chegada da Polícia Federal, que foi acionada pela Guarda Municipal para constatar se havia material de propaganda política na escola. Como está desativada, a unidade vem sendo usada para guardar equipamentos que não estão em uso nas demais escolas da rede.
Quanto ao fato de um caminhão com propaganda política estar sendo usado no transporte do material, Heliacini disse que ele já presta serviços habitualmente à prefeitura e que o veículo, até de manhã, não tinha propaganda alguma. “Ele disse que adesivou o veículo à tarde porque vai participar de uma carreata neste sábado”, afirmou a chefe de Patrimônio.
Ao ser procurado para dar sua versão, Ataíde ia começar a falar quando foi interrompido pelo ex-vereador Edson Pedro. “É melhor você não falar nada pra não piorar”, recomendou. Diante disso, Ataíde disse apenas que comparecia à delegacia para dar sua versão e entrou num carro.