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quinta-feira, 3 de março de 2011

Um novo estatuto do PT, nossa reforma política interna


O 4º. Congresso Nacional do PT, em fevereiro de 2010, deliberou pela realização de um amplo debate a respeito de nossa trajetória organizativa e dos desafios presentes e futuros de nossa grande instituição partidária, que já completou 31 anos de vida. Esse debate tem por objetivo atualizar nosso estatuto partidário e reforçar os instrumentos institucionais internos que garantem nossa democracia e concepção organizativa.*
A resolução que estabeleceu essa reforma definiu uma pauta obrigatória, fruto das reflexões acerca da vivência política que nos levou a tantas vitórias importantes, mas que também passou por crises e impasses marcantes.
Devemos debater o financiamento da atividade partidária, ou seja, discutir sem reservas as formas de sustentar materialmente o partido e reduzir sua dependência de finaciamentos externos. Esse é um ponto decisivo para estabelecer, de forma transparente, uma estratégia permanente de viabilização do crescimento sustentável de nossa presença política na sociedade.
O IV Congresso também destaca para debate o caráter coletivo das campanhas eleitorais do Partido, ou seja, como garantir que os projetos individuais não se sobreponham às demandas coletivas e à democracia interna. Em um partido como o PT, o risco de nos tornarmos reféns da estrutura política externa ao partido é sempre presente, quanto mais crescemos e nos tornamos atores decisivos da vida política da Nação.
Trataremos, também e especialmente, da necessidade de aumentar o número de filiados e melhorar a vida orgânica do Partido. O PT, na maioria das pesquisas de opinião, tem mais de 20% de simpatia popular, em torno do triplo do segundo colocado, o PMDB, que registra entre 6 a 9% dos pesquisados.É razoável que tenhamos a ambição de trazer 20% desses simpatizantes, para o ato de filiação formal ao partido com o qual se identificam. Isso representa quintuplicar nosso quadro. Mas para que isso seja uma conquista de consciência e participação, temos que tratar da ampliação da democracia interna, inclusive garantindo formação política e comunicação interna regular para o conjunto dos filiados. Por mais que o PT seja a experiência mais efetiva de participação partidária do Brasil, e referência para inúmeros partidos de outros países nesse aspecto, sabemos que há um enorme desafio para superar o abismo entre a filiação e a real participação democrática nos rumos da nossa vida interna.
As experiências positivas e negativas verificadas nos PEDs de 2001 a 2009 nos determinam o desafio de consolidar o instrumento do voto direto e afastar de nosso caminho os desvios típicos das disputas eleitorais despolitizadas. Para tanto, é necessidade urgente o fortalecimento da capacidade dirigente das instâncias partidárias.*
A combinação entre a agenda institucional do Partido e as lutas sociais determinam o caráter multifacetado de um partido que busca intervir nos mais variados espaços do Brasil. Para que isso se sustente em termos estratégicos, é vital capacitar o Partido para o debate ideológico e programático em curso na sociedade brasileira.*
O debate que faremos será determinante para que nossa construção partidária se consolide nos próximos anos. Mais que discutir regras isoladas de eleição de instâncias, o fundamental é ousar no projeto organizativo e buscar a qualidade das relações políticas como insumo básico para nosso projeto político.
No momento em que a sociedade brasileira retoma a questão da reforma política, a primeira iniciativa de nossa reforma interna deve ser a participação das bases do partido na discussão. As centenas de milhares de filiados devem dar a demonstração de que esse não é um problema da direção, nem as respostas virão da cúpula. Nosso PT já mostrou que a militância é que defende e protege o partido, na luta pela democracia de nosso projeto socialista.



20 Anos de Street Fighter II

Parece até mesmo ontem que surgiu a máquina de luta que separaria homens de meninos. Uma máquina onde somente o melhor de dois jogadores podia continuar jogando e ser derrotado e, conseqüentemente, significava se encolher em sua insignificância e chorar como uma garotinha… espere, acho que foi ontem mesmo, era terça-feira de Street Fighter II.
Street Fighter II (Foto: Divulgação)

Há vinte anos atrás, contra todas as chances, surgia a sequência que mudaria o mundo dos jogos. O primeiro Street Fighter era um jogo diferente, até mesmo esquisito, e seria esquecido em troca de Final Fight, que era originalmente o Street Fighter II, mas aquele era um jogo que simplesmente não poderia deixar de existir.
Quando finalmente Street Fighter II, como o conhecemos hoje, foi lançado, iniciou um efeito massivo que se alastrava sem parar por todos os fliperamas. Nunca antes um jogo possuíra tantas possibilidades e técnicas que podiam ser confrontadas diretamente uma contra a outra na busca por quem seria o melhor.
Desde então vieram séries e mais séries de Street Fighter II, como Street Fighter II: Champion Edition, Street Fighter II Turbo, Super Street Fighter II, e quando não mais se imaginava poder seguir em frente, séries como Street Fighter Alpha e Street Fighter EX foram lançadas. Mas nunca o fenômeno foi reproduzido, todas viveram na sombra do maior de todos os tempos.
Street Fighter II como todos os grandes clássicos, refletia em cada um e criava um fenômeno individual e local onde quer que fosse. Fazia línguas dobrarem para todos seus “róiuken” e “alexful“, incitava a imaginação para cada “Tiger Robocop” e transformava palavras normais como “Facão” ou “Bolinha” em termos comuns em conversas entre jogadores. A língua do Hadouken era universal.
São 20 anos de Street Fighter II, 20 anos de um conjunto de lendas que fizeram por merecer serem chamadas de mitologia.