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Thaís Vargas, Tiago Régis representantes da comissão de Politicas Publicas do CRP/RJ, Lincon Botelho Secretário de Planejamento de Vola Redonda, Allan Borges Superintendente estadual de Juventude, Adeilson Paula Vice presidente do Conselho Municipal de Juventude de Volta Redonda e Marcelo Argolo da Coordenadoria da Juventude e Presidente do Conselho Municipal da Juventude |
Ontem, o auditório da UFF (Universidade Federal Fluminense), no bairro Aterrado, transformou-se num palco para a discussão da atual realidade da juventude no Sul Fluminense, bem como no país. Suscitar essa reflexão foi, segundo os organizadores, um dos objetivos do I Seminário Regional de Políticas Públicas de Juventude. O evento foi organizado numa parceria entre as prefeituras de Volta Redonda, Resende e Itatiaia.
Participaram da mesa de debatedores o gestor da coordenadoria de Juventude da cidade, Marcelo Argôlo; o superintendente estadual de Juventude, Alan Borges; o secretário municipal de Planejamento, Lincoln Botelho; e os representantes do Crepop (Centro de Referência Técnica em Psicologia e Políticas Públicas), Thaís Vargas e Thiago Regis.
Quem "rolou a bola" para os demais convidados foi Argôlo, que definiu o principal objetivo do evento.
- A grande importância do seminário é a conceituação do que significa, de fato, o termo "políticas públicas". Muitos gestores que atuam no setor não sabem do que se trata, o que os leva a trabalhar de maneira desordenada. Com uma definição mais clara, os resultados obtidos certamente serão melhores - explanou.
Marcelo destacou a relevância de fomentar a discussão do assunto na região.
- Percebemos que as maiores iniciativas relacionadas a políticas públicas para a juventude se concentram nas capitais. Sendo assim, nossa intenção é desenvolver uma rede também no interior, capaz de identificar as demandas coletivas locais. E isso só será possível quando cada município tiver sua coordenadoria ou conselho de Juventude, dando forma às articulações - pontuou.
Os trabalhos se desenvolveram com cada debatedor levando de 20 a 25 minutos na abordagem do tema proposto. Em seguida, o público foi dividido em grupos temáticos, que se proporam discutir as questões em voga de forma abrangente.
‘A juventude não perdeu o gosto pela política', afirma Botelho
Lincoln falou da experiência na política local e de iniciativas que apontaram novos caminhos para dialogar com os jovens.
- Em Volta Redonda, alcançamos a institucionalização das políticas públicas através do orçamento participativo - exemplificou.
Questionado se concorda com a ideia de que os jovens de hoje são "apolíticos", o secretário rechaçou a ideia.
- De maneira nenhuma a juventude perdeu o gosto pela coisa. Se ainda existe uma vanguarda nos movimentos sociais, é por conta da participação dessa categoria - argumentou.
- O que acontece é que os jovens se organizam de mil maneiras. Há na verdade, um misto de juventudes, que reflete a dinâmica da celeridade social - acrescentou.
O gestor público enfatizou, ainda, a importância de se alcançar um "meio termo" nessa discussão.
- É relevante não "glamourizar" em excesso a classe, como se ela fosse tudo, e nem tratá-la como indigente. São atores sociais importantes, fundamentais para o contexto social, mas que também apresentam problemas e desafios, como quaisquer outros - afirmou, encerrando:
- Acho necessário motivar iniciativas que aglutinem políticas públicas para a juventude.
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